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Publicidade discriminatória em anúncios no Facebook: o acordo que finalmente vedará essa conduta nos

  • Foto do escritor: Maria Godoy
    Maria Godoy
  • 8 de fev. de 2018
  • 2 min de leitura

O emprego de anúncios e a “promoção de conteúdo” de forma paga em redes sociais se torna uma prática cada vez mais comum. Muito se discute sobre o direcionamento desses anúncios.


No fim de 2016, o estado de Washington, nos Estados Unidos, lançou uma investigação após a publicação de um artigo pela ONG ProPublica intitulado “Facebook permite que anunciantes excluam usuários por raça”.


Durante a investigação, foram criados anúncios fake de venda de imóveis que optavam por não serem promovidos para pessoas classificadas como de “afinidade étnica” afro-americana, hispânica e asiática. Os anúncios, embora discriminatórios, foram aprovados pela rede social.


Em fevereiro de 2017, o Facebook se comprometeu a solucionar essas questões de discriminação em anúncios de imóveis, de empregos e de crédito. Contudo, em novembro do mesmo ano, a ONG ProPublica atuou novamente: para testar a ferramenta, criou anúncios de aluguel de imóveis excluindo afro-americanos e judeus do alcance das publicações. Os respectivos anúncios foram rapidamente aprovados pela plataforma.

A partir de então, o Facebook passou a sofrer grande pressão da sociedade e de organizações civis, até que no fim de novembro de 2017 divulgou a remoção temporária da opção de “excluir” certos grupos na promoção de anúncios ligados àqueles campos (imóveis, empregos e crédito).


Depois disso, embora as discussões precedentes fossem ligadas à discriminação étnica/racial, a investigação do escritório do Attorney General de Washington verificou que ainda restavam opções de exclusão por orientação sexual e religião. E que elas iam além dos anúncios de imóveis, de empregos e de crédito, mas atingiam também outros tipos de acomodações e seguros.


Há alguns dias, em 24 de julho de 2018, finalmente, foi firmado um Assurance of Discontinuance (em comparativo, algo como um de Termo de Ajustamento de Conduta), em que o Facebook se comprometeu a remover a opção dada aos anunciantes na plataforma que permitia a exclusão da apresentação de seus anúncios a certos grupos étnicos, raciais, religiosos, de diferentes orientações sexuais ou de outras minorias. Até então, como dito, isso poderia ser feito, deixando esses públicos à parte da apresentação das respectivas publicidades, de forma discriminatória ou (ao menos) desarrazoada. 


Embora o acordo seja, a princípio, válido apenas para o estado de Washington, onde foi realizada a investigação de quase 2 anos, a rede social informou que irá promover as alterações em todo o país norte-americano.


Leia AQUI o acordo realizado para o fim da discriminação nos anúncios no Facebook (ao menos em Washington e/ou nos Estados Unidos).

 
 
 

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